Por meio de desenhos, esculturas, instalações, objetos, vídeos e fotografias, Geórgia Kyriakakis experimenta limites de resistência, fragilidade, instabilidade e permanência das coisas, apropriando-se da geografia, em suas diversas concepções, não só como fonte de inspiração, mas também como ferramenta para estabelecer diálogos com a situação política e social contemporânea. O interesse da artista pelos processos naturais revela-se nos procedimentos de combustão, suspensão, deslocamento, tensão e transformação da materialidade frequentemente encontrados em suas obras, criando situações limítrofes onde tudo parece estar na iminência de desfazer-se. Para Kyriakakis, interessa a ilusão de estabilidade das coisas, explorada na interseção entre a concretude do mundo e a virtualidade da imagem.  

Geórgia Kyriakakis é formada em Artes Plásticas pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), mestra e doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Leciona desde 1997 na Faculdade de Artes Plásticas da FAAP e no Centro Universitário Belas Artes. Expõe regularmente desde 1986, em mostras coletivas e individuais, tendo recebido prêmios como o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea (2012); Bolsa Vitae de Artes (2002); Prêmio “O Artista Pesquisador” do Museu de Arte Contemporânea (Niterói, 2001); Prêmio Brasília de Artes Plásticas (1992), entre outros. 

Participou de mostras coletivas e individuais, dentro e fora do país, em instituições como o Instituto Tomie Ohtake (2017); Museu da Casa Brasileira (2014); Sesc Pompeia (2012); Museo Pateo Herreriano (Espanha, 2009); Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (2008), Galerie Sycamore Art (Paris, 2008); Bienal de São Paulo (1996); Stedelijk Museum (Holanda, 1996). Possui obras no Museu Brasileiro de Arte, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu de Arte de Brasília, Museus de Arte Contemporânea de Niterói e do Paraná, no Paço Municipal de Santo André, no Museu Nacional, entre outras coleções.