Marília Bianchini constrói sua poética investigando as relações estabelecidas entre processos fotográficos e processos artesanais. A artista constrói sua obra em um processo que se diferencia da produção fotográfica comum – trabalha com imagens fotográficas impressas em papéis artesanais de produção própria. Marília produz o papel a partir de fibras vegetais de diversas naturezas, imprime a imagem captada por ela, mesclando e sobrepondo,  camadas de papel de forma a construir uma unidade de cena.   O componente vegetal e artesanal da fibra do papel se mescla com a imagem captada pela câmera fotográfica e partilham de uma mesma matéria – imagem é fibra, fibra é imagem.